sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Mulher codeguim


Ei, onde estão as mulheres frutas, carnes e afins com a gastronomia? Saudade da mulher pera, mulher melão, mulher melancia, mulher filé...

Vou relançar a moda e pedir a volta das mulheres com corpo de legumes e outros ingredientes. Na academia poderia ter a mulher batata doce. A versão masculina seria algo do tipo “homem tapioca”. Eu certamente me lanço como a Mulher Codeguim. Típica da Serra Gaúcha, meio morcilha, meio mortadela – no ápice ficou mais para codeguim mesmo.

Tá, vou explicar para quem não está entendendo nada. É que aqui no Sul, o povo adora fazer e consumir embutidos como a morcilha, ou morcela que é um enchido recheado com sangue, gordura e farinha ou arroz que fica escurecido no produto final (Eca!). Tem a mortadela que também é um embutido feito de carnes diversas e “cubos de gordura”.
 

Ahhh, tem outra iguaria aqui na terrinha: o queijo de porco, feito com aparas de suíno, vitela, pedaços de cabeça e patas – tudo temperado com muita pimenta, vinagre e outras coisinhas que só Deus sabe. Fica com aparência e consistência gelatinosa que a italianada “adora”. E agora vem o codeguim. Esse embutido é na verdade uma lingüiça elaborada com carne de porco, couro cozido, gordura e temperos. Na Itália, de onde é originário, é chamado de cotechino.
 

Bem, toda essa explicação para dar sentido à moda da Mulher Codeguim. É assim que me sinto, pois depois de anos sem vestir uma calça Jeans – e todo o gordo sabe o desafio de entrar num jeans – a gordinha meio malhada, meio pelanca caída, veste uma calça antiga e, e, e, e? E entra! Uhul. Só que como se fosse um codeguim. É um troço mal vestido que entorta nas coxas, sobra no quadril, agarra na panturrilha e aperta na cintura. Mas.... entra.
Hummm, ficou esperando a fotinho dela né?! Vou poupá-los dessa visão do inferno. Não quero comprometer o seu sanduíche no futuro. Acho que já foi bastante saber o que tem dentro desses produtinhos que de vez em quando "caem" no nosso prato. Basta.

No verão, salve a Mulher Codeguim!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

O negócio tá ficando bom


 
Eita mundo bão! E não é que por fora eu ainda sou gorda, mas algo deve estar mudando internamente... Vai que minha alma já está emagrecendo e ficando sarada!? Kkkk

 O fato é que os semelhantes se atraem. Ao menos é o que dizem os versos populares não é?!

Ok, vou contar o feito. No final de semana teve aniversário de colega de trabalho. Entre os seus, foram convidados amigos da infância, gente de fora da cidade, a tchurma da rádio e gentes de momentos especiais da vida do Ivan Sgarabotto. Eu cheguei um pouco atrasada e fiquei mais para o meio da mesa. Não sei como, ao meu ladinho, foram sentando todos os “sarados” da festa. Isso mesmo: eu e os sarados. É claro que no local tinha gente de todo o tipo e biótipo. Magros, altos, fofinhos, sérios, risonhos, mas um único grupo visivelmente identificado pela atividade física. Pessoal de músculos à mostra, pernas torneadas e cintura malhada. Imagina a cena. A única gorda da festa caída de paraquedas no centro com os bombados. Todos praticantes assíduos e apaixonados por academia e afins. O primeiro desafio foi sobre o que falar ou se escolhia se fingir de morto. Bom, resolvi falar. Falamos de receitas sem gordura, os treinos funcionais, as dietas esportivas e a importância de manter projetos pessoais de nutricionista para transformar gordura em músculo. Também falamos sobre a infelicidade do desejo de consumir delícias cheias de calorias. Claro, isso menos. Falamos de Pole Dance (sim tinha uma competidora dessa modalidade) e da importância de não perder treino.
 

Em um certo momento, o grupo sensibilizado com meu peso, reconheceu que viver regrado nem sempre é viver feliz, mas todos concordamos que se cuidar é um mal necessário. Um dos fortes contou que já teve um momento cheinho. Outro forte também revelou que anda cansado de tanta disciplina. Os meninos mais dispostos a ceder, sucumbir de vez em quando. Agora as meninas, uhul! Uma apaixonada por acrobacias contou que não pode vacilar com a alimentação e pude constatar que a guria é bala. Nem diante de uma torta de morango ela cedeu. A outra, muito linda como todas as pertencentes ao grupo, se achava gorda! (corpinho violão!). A outra, nutricionista, não sucumbiu nem ao pãozinho. Só tenho a dizer: gurias, vocês são inspiração!

Eu, a gorda, ali meio perdida, meio achada – fui ficando. Loucura né?! O pessoal gente fina (nos dois sentidos) toparam e até fizemos o registro em fotografia do momento ironia:  gorda e a elite!

 


P.S. Um abraço a Gabriela e seu partner Eduardo, ao Lucas e sua linda nutricionista particular (já que ele é o único em regime de engorda) e o Maurício e sua linda bailarina acrobata queridona. Obrigado por deixar eu me achar! Hahaha. Algo em mim tinha que emagrecer, nem que seja alguma coisa por dentro que ainda não sei identificar...