segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Meu pingente de academia

Todo o universo do marketing pensa em frases tão boas para expressar ideias que caibam em uma camiseta. É por isso que nascem essas frases feitas que a gente acaba adotando e de tanto que falam, ninguém mais sabe como surgiram. Bom, eu sou uma gorda chique! Eu não tenho camiseta (até porque elas são muito pequenas e a cada braço levantado a gente paga pança!). Eu tenho pingente de academia! Hahaha.


A amiga Catelini Padilha é uma artesão de mão cheia. Motivada pelo blog e minhas aventuras contra garrafinhas de Marte, bolas de pilates que se confudem com bolas praticantes, esteiras enfeitiças, relógios comprados no leilão do inferno, conversinha e músicas de academia – ela resolveu me presentear com um pingente que na frente é uma obra de arte e atrás carrega uma mensagem que diz tudo: “GO”.

A ideia sintetiza muito bem tudo que deve ser dito e pensado nesse momento. Então, vou usar como hashtag. Vai ser assim: #GoAcademia. Fala sério. Ficou ótimo!


Perdeu turma do marketing!!!

A saga da salada


Depois de dias afastada, resolvi falar dos assuntos aqui do blog por vídeo. Nesse, a ideia é reforçar a continuidade do programa de treinamento, mesmo que devagar e contar sobre o aumento do consumo de legumes e verduras. São baldes de alface e brócolis!

A gorda aranha


Agora com suplementos da ATP. Cápsulas termoativas para acelerar metabolismo e chá com mix energético. Com todo esse incentivo só tenho um recado para a mulher gato: perdeu!

Que mensagem você colocaria na sua camiseta de academia?

Conseguir expressar em uma frase curta todo um sentimento ou pensamento sobre uma causa, um assunto ou uma missão – não é fácil. Mas, o pessoal de academia, como sabemos, é muito criativo.

 Tem aquelas frases do tipo “Desistir não é uma opção”, “Força e foco”, “Sem dor não há resultado”. 

Elas são simples e mandam o recado. Só que para gordinhos é um verdadeiro absurdo. Aliás, sei lá se só para gordinhos. Essas mensagens estão mais no mecânico do que no âmbito da razão. É meio piloto automático.


 


Na real, eu tenho vontade de bater em quem diz essas frases repetidas. Eu quero ter opção de escolher, de desistir, de trocar, de não ir, de me mudar para Paris!

Manter o foco e a força na atividade física soa meio como aspirante à vaga do Capitão Nascimento em Tropa de Elite e achar que sentir dor é uma coisa boa e inevitável para obter o corpo desejado, parece estratégia da Inquisição contra Joana D’Arc. Não sirvo para nenhuma delas.

Se eu fosse elaborar minha campanha de marketing na academia, a camiseta seria algo do tipo família tartaruga: “Devagar e sempre”, “Fé e Coragem”, “Vai que Termina” ou ainda “Segura o Tchan”, “Não para que Piora”, “Aproveita o Embalo”, “Firme como Poste em Banhado”.

Outra questão que me intriga profundamente, já que estamos na vibe de camisetas, é porque encurtaram todas as camisetas do mundo???? Tudo virou baby look. Aquelas camisetinhas pitocas que levanta o braço aparece a pança?
Resumindo a ópera, esquece a camista!


segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Papo franco com Beverli Rocha


Como seria o mundo se a gente pudesse ser 100% sincero, franco e verdadeiro? Se as pessoas falassem umas com as outras diretamente, sem filtros e censuras sociais? Se o mimimi caísse por terra? Seria o meu sonho de paraíso. Adoro franqueza, mas no mundo do politicamente correto, a gente se abstém. Finge, omite, suporta, ri – às vezes até motivado por um certo nervoso que algumas situações nos causam.

Como esse mundo sincero total não existe, vou me manter no universo da franqueza no que tange a academia. Hoje, pelo lado das coisas que a gente finge que sabe, mas não sabe. É como no universo da tecnologia quando falamos de sistema operacional, dispositivo móvel, mobile, aplicativos como snap, e alguns serviços do Google como o ads e alerta, mas na verdade é um monte de gente tentando dominar um mar revolto de incertezas e desconhecimento. Nesse item, está tudo em construção. Gentileza e educação seria apenas reconhecer. A gente entra na fila falando um monte de nomes bonitos e tentando praticar as novidades mesmo não entendendo patavina nenhuma de verdade. Fala difícil. Cara de inteligente. É moda.

A gastronomia também é farta de exemplos. Quer ver? Sabe aquele grupo de pessoas que vai em festas chiques com uma mesa montada em pratos, talheres e copos em uma determinada ordem com entradas, pratos quentes e frios que sabe Deus como decoram a ordem do negócio.  A gente dá aquela olhadinha básica e sai imitando aqueles que “parecem” saber mais pela destreza, falta de medo ou falta de vergonha. 


Na academia é mais ou menos o mesmo: tem aparelho que trabalha tríceps, bíceps e outros músculos. Tem os aparelhos com nomes alemães, tem os mais descolados que lembram nomes gregos ou russos. Nós, os incautos, entramos nessa onda e copiamos os demais. Rimos quando todos riem. Achamos bom aquilo que a maioria também acha. Falamos de dietas e comidas insossas porque a galera tá curtindo isso no momento. Agora imagina se colocássemos em prática a franqueza nesse ambiente?


 Vai aí cinco exemplos bem diretos:
1 - A bonitona que comeu batata doce no almoço e fica contando para todo o mundo como se fosse um troféu. (coitada, imagina o pum musculoso que ela vai soltar daqui um pouco!).

2 – A mina com a calça colada tipo “bunda de fora”. (Querida, esse capô gordinho não pega bem).

3 – O tiozinho que vai na academia paquerar e azarar a mulherada. (Chupa-cabra do cão! Vai se catar!).

4 – Promoção de academia: pague livre só um pouquinho a mais do que três vezes por semana. (Fala sério, não consegue nem manter as três vezes?).


5 – Discurso de terapia durante o treino: o filho, o marido, a barriga, o patrão, as doenças, a vida... (Ai meu Deus! Melhor ouvir isso do que ser surdoooo.).

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Pensar magro???


Que balela é essa de pensar magro gente?! Ninguém pensa magro, nem mesmo os magros.
Eu conheço um monte de magrinhos que comem mais do que eu e pensam mais em comida do que o Anonymus Gourmet! É sério. Quem é o senhor ou senhora incrível que pensa em maçã, berinjela ou alface? A turma fit come batata doce, mas pensa em brigadeiro. Tenho certeza. Até porque pensar é um ato que exige esforço do vivente. Comer e malhar estão no âmbito do mecânico. A gente faz essas coisas na mecanicidade da rotina porque está habituado.


 É como escovar os dentes. Se a sua mãe foi uma senhora eficiente e te ensinou a escovação e o banho, você vai fazer isso sem pensar. Você LEMBRA que tem que escovar os dentes, tomar banho, comer frutas e legumes. E também você SABE que isso é necessário e por isso inclui na sua rotina. Passa a fazer parte. É por isso que eu afirmo: não existe essa de PENSAR magro. A gente tem que AGIR magro. Isso sim!

Hoje eu comprovei o fato. Tive um “clique” na coluna (não gente, não foi na academia, foi na faxina. Foi na coluna e fazendo faxina – para ficar claro, porque lendo em voz alta parece que o clique foi noutro lugar).  


Precisei ficar uns dias cuidando para sentar, levantar, deitar. Fiquei uma semana fora da academia. A boa notícia é que depois de três meses, já estou meio habituada e na volta foi menos difícil. Fiz o treino na segunda e hoje já pensei em faltar (eu sempre penso em alguma desculpa para faltar). Então eu me dei um golpe. Saí que nem ninja: dei um coice na preguiça, um soco no sono, vesti a roupa de academia (isso é outro capítulo à parte), calcei o tênis bonzão e fui. Não PENSEI. AGI.

Então meu amores, o negócio não é pensar magro. Ficar tentando gostar de todos os legumes, shakes e sucos alucinógenos que a gente imagina que faz a alegria do paladar dos malhados. Isso é engodo. O que funciona para os magros é que eles não pensam. Eles agem.



Conclusão: estou super feliz, pois essa de pensar magro como estratégia propagada a passo largo sempre me irritou. Parecia uma heresia contra o ato de pensar. Agora tá tranquilo. Tá favorável.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

A gorda adormecida



Era uma vez, uma gordinha muito gente boa. Ela era feliz e muito ativa. Adorava comer, conversar, rir e ler. Agitada e sempre disposta, a gordinha só não tinha paciência para exercícios físicos. Gostava das coisas da mente e da alma. Um dia, uma bruxa muito malvada chamada Estatística Médica, ciumenta da vida feliz que a gordinha levava, anunciou um feitiço. “Se a gordinha, no tempo de 100 dias, não aprender a correr, pular, saltar e rolar no reino da Academia, ela vai móóórrer!”.
Assustada com o prenúncio da maldade, a gordinha foi para o reino da Academia e começou a se exercitar três vezes na semana. Assim, ela tinha três dias para sofrer, dois para pensar em um jeito de desistir  e o final de semana para ganhar fôlego e se recuperar. 

Parecia que tudo daria certo, mas a gordinha vivia com sono. 


Ela malhava e bocejava. Saia do treino e tinha que dormir. O cansaço do corpinho tomou conta. Ela não móóórreu, mas se transformou na gordinha adormecida.



Era isso.