segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Papo franco com Beverli Rocha


Como seria o mundo se a gente pudesse ser 100% sincero, franco e verdadeiro? Se as pessoas falassem umas com as outras diretamente, sem filtros e censuras sociais? Se o mimimi caísse por terra? Seria o meu sonho de paraíso. Adoro franqueza, mas no mundo do politicamente correto, a gente se abstém. Finge, omite, suporta, ri – às vezes até motivado por um certo nervoso que algumas situações nos causam.

Como esse mundo sincero total não existe, vou me manter no universo da franqueza no que tange a academia. Hoje, pelo lado das coisas que a gente finge que sabe, mas não sabe. É como no universo da tecnologia quando falamos de sistema operacional, dispositivo móvel, mobile, aplicativos como snap, e alguns serviços do Google como o ads e alerta, mas na verdade é um monte de gente tentando dominar um mar revolto de incertezas e desconhecimento. Nesse item, está tudo em construção. Gentileza e educação seria apenas reconhecer. A gente entra na fila falando um monte de nomes bonitos e tentando praticar as novidades mesmo não entendendo patavina nenhuma de verdade. Fala difícil. Cara de inteligente. É moda.

A gastronomia também é farta de exemplos. Quer ver? Sabe aquele grupo de pessoas que vai em festas chiques com uma mesa montada em pratos, talheres e copos em uma determinada ordem com entradas, pratos quentes e frios que sabe Deus como decoram a ordem do negócio.  A gente dá aquela olhadinha básica e sai imitando aqueles que “parecem” saber mais pela destreza, falta de medo ou falta de vergonha. 


Na academia é mais ou menos o mesmo: tem aparelho que trabalha tríceps, bíceps e outros músculos. Tem os aparelhos com nomes alemães, tem os mais descolados que lembram nomes gregos ou russos. Nós, os incautos, entramos nessa onda e copiamos os demais. Rimos quando todos riem. Achamos bom aquilo que a maioria também acha. Falamos de dietas e comidas insossas porque a galera tá curtindo isso no momento. Agora imagina se colocássemos em prática a franqueza nesse ambiente?


 Vai aí cinco exemplos bem diretos:
1 - A bonitona que comeu batata doce no almoço e fica contando para todo o mundo como se fosse um troféu. (coitada, imagina o pum musculoso que ela vai soltar daqui um pouco!).

2 – A mina com a calça colada tipo “bunda de fora”. (Querida, esse capô gordinho não pega bem).

3 – O tiozinho que vai na academia paquerar e azarar a mulherada. (Chupa-cabra do cão! Vai se catar!).

4 – Promoção de academia: pague livre só um pouquinho a mais do que três vezes por semana. (Fala sério, não consegue nem manter as três vezes?).


5 – Discurso de terapia durante o treino: o filho, o marido, a barriga, o patrão, as doenças, a vida... (Ai meu Deus! Melhor ouvir isso do que ser surdoooo.).

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