Moda é uma coisa impressionante!
Faz costuras sociais incríveis. Dita comportamentos. Não seria diferente na
academia. Agora tudo é fitness. Bomba o jeito fit de ser. Esse conjunto de
atitudes norteiam desde a conversa do momento até a comida. A queridinha fit da
hora é a batata doce.
O que fizeram com a boa e velha
batata frita? Tudo bem que o tubérculo doce tem mais potássio, cinco vezes mais
cálcio e o dobro de fibras do que a prima inglesa. Nem a mandioca (que frita é
um manjar dos deuses!) ganha em proteína e fósforo. O baixo índice glicêmico da
feiosa também auxilia no emagrecimento, mas nada – digo, nada mesmo, supera o
sabor da batatinha frita. A crocância, o estilo palito... Jesus!
Eu até compreendo os benefícios
da batata doce e de vez em quando, tudo bem. É como chuchu: junto com qualquer
coisa de sabor, fica bom. Sozinho, credo! Batata doce caramelada é boa. Por
causa do caramelo. Batata doce frita é boa. Porque é frita. Batata doce com
carne é ótima. Por causa da carne. Ninguém diz que batata frita é boa por causa
de nada. Ela é boa e pronto.
Batata doce é um negócio feio
também. A bicha é meia cabeluda. Cozinha e sai uns pelos. Fibra... É do bem,
mas não venha dizer que é boa ou bonita.
Dá uma raiva aquele povo fit,
vestido com roupa fit, no restaurante da academia, comendo comida fit e ressaltando
a delícia que é a batata doce (fit!). E
só piora. Já vi gente comendo batata doce no café, almoço e janta. Tem até uns
que usam aquelas camisetas com frase dizendo “desisitir não é uma opção” ou “na
dor há resultado” comendo batata doce na casca. Tem outra coisa também: batata
doce no universo fit é quase todo o dia. Imagine comer isso sempre. Que
castigo. Estou até com trauma de batata!
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