sexta-feira, 2 de setembro de 2016

A supremacia da batata doce


Moda é uma coisa impressionante! Faz costuras sociais incríveis. Dita comportamentos. Não seria diferente na academia. Agora tudo é fitness. Bomba o jeito fit de ser. Esse conjunto de atitudes norteiam desde a conversa do momento até a comida. A queridinha fit da hora  é a batata doce.
O que fizeram com a boa e velha batata frita? Tudo bem que o tubérculo doce tem mais potássio, cinco vezes mais cálcio e o dobro de fibras do que a prima inglesa. Nem a mandioca (que frita é um manjar dos deuses!) ganha em proteína e fósforo. O baixo índice glicêmico da feiosa também auxilia no emagrecimento, mas nada – digo, nada mesmo, supera o sabor da batatinha frita. A crocância, o estilo palito... Jesus!

Eu até compreendo os benefícios da batata doce e de vez em quando, tudo bem. É como chuchu: junto com qualquer coisa de sabor, fica bom. Sozinho, credo! Batata doce caramelada é boa. Por causa do caramelo. Batata doce frita é boa. Porque é frita. Batata doce com carne é ótima. Por causa da carne. Ninguém diz que batata frita é boa por causa de nada. Ela é boa e pronto.
Batata doce é um negócio feio também. A bicha é meia cabeluda. Cozinha e sai uns pelos. Fibra... É do bem, mas não venha dizer que é boa ou bonita. 



Dá uma raiva aquele povo fit, vestido com roupa fit, no restaurante da academia, comendo comida fit e ressaltando a delícia que é a batata doce (fit!).  E só piora. Já vi gente comendo batata doce no café, almoço e janta. Tem até uns que usam aquelas camisetas com frase dizendo “desisitir não é uma opção” ou “na dor há resultado” comendo batata doce na casca. Tem outra coisa também: batata doce no universo fit é quase todo o dia. Imagine comer isso sempre. Que castigo. Estou até com trauma de batata!

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