terça-feira, 6 de setembro de 2016

Dom Quixote e o elíptico


Puxa vida! Se Dom Quixote já via monstros em moinhos de vento, imagine só o que ele veria na academia?! Diante dos aparelhos de musculação, pilates, cross e toda a parafernália que moram nesses locais de culto ao físico? Queria só ver o que Miguel de Cervantes poderia imaginar para de La Mancha diante do elíptico! Haha. 


Esse “bicho” de quatro braços, anda para frente e para trás. Fica mais leve ou mais pesado conforme o gosto do lutador (Opa! Digo, praticante).

Os especialistas dizem que o elíptico é um aparelho de baixo impacto, mas tenho comigo que eles não testaram direito a jiripoca! O criador do elíptico (e não foi Cervantes), pensou em um aparelho que colocasse menos pressão nas articulações, principalmente para idosos. Pobres dos velhinhos e dos gordinhos! Nada de pressão. Só que não.


O monstrengo quatro braços fortalece o quadríceps e isquitibiais (seja lá onde fiquem esses músculos! Suponho que no corpo de outras pessoas, no meu não).

Dizem os incautos também, que com 30 minutos no elíptico você pode perder até 400 calorias. Não sei se é verdade porque não aguento fazer mais do que 10.

Se no clássico literário o cavaleiro errante também era conhecido com a “triste figura”, imagine como seria chamado depois de uns treinos no elíptico????  Que tal assim: Dom Quixote no elíptico, “a triste, muito triste figura”. Ou, Dom Quixote “o muito deprimido fidalgo” ou ainda,  Dom Quixote, “o pálido, cansado, sem pernas e infeliz cavaleiro”?


Eu que estou mais para Sancho Pança do que para Dulcinéia, só quero forças para fazer os meus 10 minutos por sessão, alternando dois minutos para  frente e dois para trás. Lá no final, minha fidalguia foi para o brejo. Se tivesse uma espada, juro que espetava o elíptico. Melhor não: vai que ele tenha pensamentos vingativos?

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