Ei, onde estão as mulheres
frutas, carnes e afins com a gastronomia? Saudade da mulher pera, mulher melão,
mulher melancia, mulher filé...
Vou relançar a moda e pedir a
volta das mulheres com corpo de legumes e outros ingredientes. Na academia
poderia ter a mulher batata doce. A versão masculina seria algo do tipo “homem
tapioca”. Eu certamente me lanço como a Mulher Codeguim. Típica da Serra
Gaúcha, meio morcilha, meio mortadela – no ápice ficou mais para codeguim
mesmo.
Tá, vou explicar para quem não
está entendendo nada. É que aqui no Sul, o povo adora fazer e consumir
embutidos como a morcilha, ou morcela que é um enchido recheado com sangue,
gordura e farinha ou arroz que fica escurecido no produto final (Eca!). Tem a
mortadela que também é um embutido feito de carnes diversas e “cubos de gordura”.
Ahhh, tem outra iguaria aqui na
terrinha: o queijo de porco, feito com aparas de suíno, vitela, pedaços de
cabeça e patas – tudo temperado com muita pimenta, vinagre e outras coisinhas
que só Deus sabe. Fica com aparência e consistência gelatinosa que a italianada
“adora”. E agora vem o codeguim. Esse embutido é na verdade uma lingüiça elaborada
com carne de porco, couro cozido, gordura e temperos. Na Itália, de onde é originário,
é chamado de cotechino.
Bem, toda essa explicação para
dar sentido à moda da Mulher Codeguim. É assim que me sinto, pois depois de
anos sem vestir uma calça Jeans – e todo o gordo sabe o desafio de entrar num
jeans – a gordinha meio malhada, meio pelanca caída, veste uma calça antiga e,
e, e, e? E entra! Uhul. Só que como se fosse um codeguim. É um troço mal
vestido que entorta nas coxas, sobra no quadril, agarra na panturrilha e aperta
na cintura. Mas.... entra.
Hummm, ficou esperando a fotinho dela né?! Vou poupá-los dessa visão do inferno. Não quero comprometer o seu sanduíche no futuro. Acho que já foi bastante saber o que tem dentro desses produtinhos que de vez em quando "caem" no nosso prato. Basta.
No verão, salve a Mulher
Codeguim!